Tratamento de pés diabéticos
Os pés dos portadores de diabetes estão particularmente em risco. Em sua evolução, a diabetes leva à perda de sensibilidade nos pés, à diminuição da circulação de sangue, à perda da capacidade de cicatrização e de defesa contra infecções.
A falta de sensibilidade facilita a ocorrência de lesões nos pés, gerando o que chamamos de porta de entrada para bactérias. Como a capacidade de defesa nos diabéticos é diminuída, essa infecção pode se alastrar mais rapidamente e, pior, sem gerar sintomas em um primeiro momento, atrasando o diagnóstico e o tratamento.
A presença de diabetes mal controlada leva à deterioração das artérias das pernas após algum tempo, prejudicando a condução do sangue até os pés, com chance de gangrena e amputação.
O uso de sapatos adequados, que sejam largos, macios e confortáveis, é imprescindível, assim como a inspeção antes de calçar, à procura de objetos em seu interior.
O diabético deve evitar ao máximo andar descalço ou com os pés desprotegidos, assim como colocar os pés em qualquer tipo de banho de imersão em água aquecida.
(Fonte: Dr. Marcelo Rodrigo de Souza Moraes CRM-SP: 81784)
O podólogo faz parte de uma equipe multidisciplinar de saúde, na qual atua com especialistas da área médica, tratando e orientando para a prevenção de podopatias causadas pelo diabetes. A melhor forma de prevenir complicações é o diagnóstico e controle precoces do diabetes associado aos cuidados com os pés.
Tratamento de unhas encravadas, inflamadas e/ou infeccionadas
Uma unha pode ser encravada por corte inadequado, por distrofia no corpo da unha ou por uma espícula ungueal que penetra nas bordas ou no vale da unha (onicocriptose).
Por corte inadequado, o podólogo orienta o crescimento da unha com a podoprofilaxia mensal, além de órtese acrílica fotopolimerizável, que proporcionará proteção, substituição e guia para o crescimento correto.
No caso de distrofia no corpo da unha, na qual o formato é alterado, utilizamos na Soft Feet onicoórteses para correção ungueal com Fibra de Memória Molecular (FMM). Diferentemente das correções feitas com fios metálicos, a FMM é transparente e discreta, mas tão eficiente quanto outros métodos.
Já no caso de onicocriptose, remove-se a ponta ou pedaço de unha (espícula) que invadiu a borda ou vale da unha e aplicam-se produtos ou técnicas para recuperar a integridade da pele. A troca do curativo é feita a cada dois dias pelo podólogo, que acompanha a cicatrização.
(Fonte: Guia Prático de Podologia, por Armando Bega e colaboradores)
Palmilhas/Órteses mecanoposturais
O pé precisa ser uma estrutura rígida e adaptável (flexível), tanto na manutenção da postura e do equilíbrio estático quanto na dinâmica para suportar o peso do corpo. O objetivo da reprogramação postural é melhorar o apoio plantar no solo, recrutar receptores plantares, reduzir o déficit sensorial e corrigir as assimetrias posturais ascendentes, normalizando o tônus muscular.
Hoje, estuda-se não só a postura, mas a biomecânica (formação de ossos, articulações). Avalia-se a marcha, que pode ter sido alterada por deficiência do apoio plantar e diminuição do tônus muscular, causando desequilíbrios e dores. Efetua-se também a avaliação física do paciente e a baropodometria para então iniciar a confecção de palmilhas (órteses plantares) para correções mecanoposturais, prevenção e alívio de dores nos pés, tornozelos, joelhos, quadris, coluna e calcanhares (esporão de calcâneo). No caso de dedos em garra ou joanetes, as órteses são confeccionadas em silicone.